Depois de percorrer o interior do estado com etapas que mobilizaram engenheiros, agrônomos e geocientistas em nove municípios, o Congresso Estadual de Profissionais (CEP) chega à capital para a sua fase final. O evento será realizado nos dias 13, 14 e 15 de agosto, no Studio 5 – Centro de Convenções, a partir das 18h, com entrada gratuita para profissionais do Sistema Confea/Crea/Mútua e para o público em geral.
Realizado a cada três anos, o CEP é um fórum democrático que dá protagonismo aos profissionais, permitindo que apresentem projetos inovadores alinhados aos eixos temáticos definidos pelo Sistema: acessibilidade e mobilidade urbana; saneamento básico; engenharia pública; qualidade ambiental; e inovação tecnológica. O autor da proposta vencedora representará o Amazonas no 12º Congresso Nacional de Profissionais (CNP), que ocorrerá de 9 a 11 de outubro de 2025, em Vitória (ES).
A presidente do Crea-AM, engenheira de pesca Alzira Miranda, destacou o caráter estratégico do evento:

“O CEP é uma oportunidade única de protagonismo para os profissionais da engenharia, agronomia e geociências. É o momento de apresentar soluções que nascem da vivência de quem conhece a realidade da nossa região e de contribuir diretamente para as políticas e estratégias que vão impactar o desenvolvimento do país.”
Interior e capital em disputa
Os vencedores das etapas do interior chegam a Manaus trazendo propostas que refletem as realidades e os desafios de suas regiões, todas com potencial de transformar vidas. De Itacoatiara, o engenheiro agrônomo Adolfo Melo Nascimento propôs a divulgação de sistemas alternativos de geração de energia elétrica, voltados a produtores rurais que ainda não dispõem de fornecimento de qualidade. De Rio Preto da Eva, a equipe formada por Manoel Viana, Weyner Santiago e Carol Luiz defendeu a criação de uma dotação orçamentária federal para financiar o saneamento básico nos municípios, nos moldes de programas como o SUS e o Fundeb.

Em Presidente Figueiredo, o engenheiro de pesca Janderson Garcez apresentou a proposta “Sustentabilidade na Terra das Cachoeiras”, abordando problemas como descarte de resíduos, falta de coleta seletiva e impactos ambientais do turismo desordenado. Já em Manacapuru, os engenheiros José Afrânio Costa da Silva, Raimundo Nonato de Oliveira Torres e Andrey Kleyson Cardoso de Oliveira Reis sugeriram a criação de pontos de entrega voluntária, incentivo à compostagem e a inclusão da educação ambiental como disciplina obrigatória nas escolas.
Representando Parintins, o engenheiro eletricista Mateus Maciel Alves e sua equipe defenderam a implementação de usinas fotovoltaicas em comunidades ribeirinhas, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e levando energia limpa a quem ainda vive sem acesso regular à eletricidade. Em Tefé, um grupo de engenheiros civis desenvolveu um método inovador para substituir pontes de madeira por estruturas pré-moldadas de concreto, garantindo maior durabilidade, redução de custos e melhoria no acesso a comunidades isoladas.
Na etapa de Tabatinga, a equipe de Marcelo apresentou soluções para gestão e conservação da água nas comunidades ribeirinhas de Benjamin Constant durante as cheias e secas, propondo cisternas, reservatórios e sistemas de filtragem aliados a programas de educação ambiental.
De Coari, veio a proposta “Melhorias sanitárias para atender famílias em área de risco no município de Coari-AM”, assinada pelos engenheiros civis Geraldo Sobrinho e Priscila Assis. O projeto busca enfrentar a falta de rede de esgoto, abastecimento de água potável e destinação adequada de resíduos em áreas vulneráveis, propondo soluções como fossas ecológicas, módulos sanitários individuais, filtros biológicos e sistemas simplificados de abastecimento, aliados à conscientização da população.
Já Humaitá apresentou a proposta “Monitoramento, conscientização e contenção de focos de incêndio na região sul da Amazônia Ocidental com uso de tecnologia”, desenvolvida pelo engenheiro de pesca Rafael Lustosa Maciel, com o engenheiro ambiental Gabriel Wagner e o estudante Daniel Alves. O projeto busca enfrentar as queimadas ilegais, que comprometem a saúde pública, afetam a economia e degradam o meio ambiente, por meio de capacitação, tecnologia e ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O palco da grande disputa será agora em Manaus, no Studio 5, a partir da próxima quarta-feira (13).
Serviço:
📅 Data: 13, 14 e 15 de agosto de 2025
🕕 Horário: a partir das 18h
📍 Local: Studio 5 – Centro de Convenções – Manaus/AM
💲 Entrada: Gratuita para profissionais e público em geral

