Por vezes, a vida nos coloca diante de uma sensação sufocante de que tudo está “demais”. Acordar exausto, sem motivação, irritado e sem energia, mesmo depois de uma noite inteira de sono, não é apenas sinal de cansaço. Pode ser um alerta do corpo e da mente para algo mais sério: o burnout, também conhecido como síndrome do esgotamento profissional.
De acordo com um estudo publicado no Journal of Internal Medicine (2021), o burnout pode causar impactos profundos no cérebro e aumentar o risco de depressão, insônia, hipertensão e até doenças cardíacas. A ciência mostra que não se trata apenas de “estar sobrecarregado”, mas de um desgaste que compromete a saúde de forma silenciosa e progressiva.
Curiosamente, a necessidade de pausa e descanso não é um conceito moderno. No livro de Marcos 6:31, Jesus orienta os discípulos: “Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco”. Até nas escrituras, há o reconhecimento de que o corpo e a mente precisam de tempo para se recompor.
Vivemos em um mundo que exige produtividade incessante, mas essa lógica é incompatível com a nossa essência. O ser humano não foi criado para viver no automático, e ignorar os sinais do corpo pode levar a consequências graves.
Se você sente que está no limite, a recomendação é simples, mas urgente: pare, respire e busque ajuda. Reconhecer que não é possível dar conta de tudo não é fraqueza — é sobrevivência.
Como prevenir e lidar com o burnout
Estabeleça limites claros – Aprenda a dizer “não” e defina horários para encerrar o trabalho.
Faça pausas programadas – Intervalos curtos ao longo do dia ajudam a manter o foco e reduzir a tensão.
Durma o suficiente – O descanso é tão importante quanto a produtividade.
Pratique atividades físicas – Caminhar, alongar ou se exercitar libera endorfina e reduz o estresse.
Alimente-se bem – Evite o excesso de cafeína e fast food; opte por refeições nutritivas.
Cultive momentos de lazer – Ler, ouvir música, encontrar amigos e passar tempo com a família recarrega a energia emocional.
Procure apoio profissional – Psicólogos, psiquiatras e terapeutas podem ajudar a reorganizar prioridades e tratar sintomas.
Talvez o primeiro passo seja compartilhar essa mensagem com alguém que esteja passando por isso. Às vezes, um alerta chega a tempo de evitar que o corpo e a mente cheguem ao ponto de colapso.